Ter um cão bem comportado não é só questão de orgulho para o tutor. Um bom comportamento ajuda o pet a conviver melhor com pessoas e outros animais, aproveitando mais os passeios, atividades e momentos em família. Já quando o cão enfrenta dificuldades de comportamento, isso pode gerar frustrações, limitar sua vida social e até contribuir para quadros de ansiedade e tristeza. Ensinar e estimular boas atitudes garante mais equilíbrio, bem-estar e felicidade para o seu melhor amigo. 

Como educar um cachorro: Principais erros cometidos por tutores:

Todo tutor deseja fazer o melhor pelo seu cão, e por isso nem sempre é fácil perceber onde estamos errando na educação do pet. Muitas vezes, mesmo com boas intenções, acabamos cometendo falhas por falta de orientação ou por acreditar em métodos antigos.

Segundo especialistas, carinho e afeto são essenciais para o bem-estar dos cães, porém equilíbrio é fundamental. Regras claras e consistência são parte importante do processo educativo. Um dos erros mais comuns é não definir limites e não manter os mesmos padrões de comportamento no dia a dia.

Outro ponto importante é evitar extremos. Muitos tutores ainda acreditam que, por serem descendentes dos lobos, os cães precisam de uma liderança rígida e autoritária. No entanto, o que realmente funciona é uma educação baseada em respeito, constância e reforço positivo. Ensinar com paciência e manter orientações claras ao longo do tempo cria um pet mais seguro, tranquilo e equilibrado.

Técnicas de adestramento: é melhor punir ou recompensar?

No passado, o adestramento de cães era baseado em punições e broncas. Hoje, graças aos avanços nos estudos sobre comportamento canino, já sabemos que esse método não funciona bem e ainda pode aumentar o medo, a ansiedade e até reforçar comportamentos indesejados.

Em vez de corrigir o erro, a abordagem atual foca em reforçar o acerto. O reforço positivo é um método que utiliza petiscos, carinho e elogios para incentivar o comportamento correto. Essa técnica é considerada uma das mais eficazes porque respeita o emocional do animal e ajuda a construir uma rotina saudável, com regras claras e convivência mais harmoniosa entre o pet e a família.

Ensinar com paciência e recompensas faz o cão aprender com segurança, alegria e confiança, e isso transforma a relação entre tutor e pet para muito melhor.

O que não fazer na hora de educar o seu cachorro?

Não utilize punições físicas e sensoriais

Além de não educar o cão, coleiras antilatidos, choques e agressões físicas podem gerar ainda mais distúrbios comportamentais, como depressão, traumas e aumento da ansiedade. Na área da fisiologia, esses métodos podem acarretar também manifestações clínicas graves, como inapetência, anorexia, aquesia (cachorro não defeca), anuria (cachorro não faz xixi) e sialorreia (hipersalivação).

Não coloque o cachorro de castigo

Diferente do que muitos tutores pensam, o cachorro não vai associar o isolamento forçado ao mau comportamento, de modo que a atitude indesejada vai permanecer inalterada.

Não dê “lições de moral” no seu amigo

Ainda que sua frustração possa ser grande, evite discursos como o famoso “da próxima vez que você fizer isso…”. Lembre-se que seu amigo não compreende as suas palavras nem tem sentimentos humanos como culpa ou remorso. 

Em vez disso, prefira…

Esperar a hora certa de recompensar o pet: além de ter feito a coisa certa, ele também deve estar em estado calmo e obediente antes de receber o seu agrado.

Falar cachorrês: ao pegar o seu amigo no flagra fazendo algo errado, diga “não” e outras palavras curtas sempre de forma clara, objetiva e com serenidade.

Ser claro e consistente: o que é permitido é permitido sempre, e o que é não é permitido não é permitido nunca. Do contrário, o pet nunca conseguirá compreender as regras.

Envolver todos os moradores da casa no adestramento: todos devem saber e seguir os mesmos comandos. Não adianta um proibir e outro permitir algum comportamento.

Ignorar o pet em alguns momentos: é claro que animais de estimação precisam de atenção, mas ignorar o cachorro em determinados momentos, como quando ele fica muito agitado com a sua chegada, pode ser bastante útil. Nesse caso, comunique-se com ele somente quando ele estiver mais calmo.